Ontem foi um dia horrivél!
Sabe aquele dia que se você pudesse ficaria em casa deitada e debaixo das cobertas?
- Este dia foi ontem.
Como todos sabem e se não sabe fique sabendo agora, eu sou uma pessoa perfecionista quando se diz respeito ao trabalho e a me expor em público. Sempre que tenho de dar uma palestra me preparo, faço e refaço até que fique do jeito que eu quero. Sonho e me vejo palestrando até mesmo para poder corrigir meus erros. Lógico que as vezes eu mudo algumas coisas dependendo do público e aí dou uma improvisada, mais faço porque sei fazer e sempre falo de assuntos que entendo.
Sei que ser perfecionista para alguns é defeito e para outros qualidade, a verdade é que não gosto de falar do que não entendo e ser pega de supresa e ontem fui pega de surpresa, quando estava em uma conferência de saúde.
Tudo estava bem até que dividiram os ouvintes em grupo e estes grupos tinham de discutir sobre políticas públicas de saúde e seu desafio. Debater e discutir tudo bem o duro foi quando o grupo me escolheu como relatora(búaaaaaaaa). Eu não queria ser a relatora do grupo até porque o tema discutido não é um assunto que eu domino sem contar que não estava bem.
A questão que sobre pressão eu aceitei afinal e me dei mal, porque quando fui apresentar lá na frente comecei a gagueja, fiquei nervosa e me senti ridícula, até porque eu não queria falar do assunto e percebi algumas pessoas rindo.
Pessoas que você sabe que é do mal e que não iria pestanejar um segundo em ter ver em mais lencois.
Sei que pode parecer besteira mais me senti muito frustrada e não consegui dormir direito pensando nisto. A verdade é que eu nunca consegui lidar com frustrações e cada vez que tenho de entrar com algo que não consigo controlar eu fico péssima e isto me deixa ansiosa, triste e pior de tudo fico me culpando.
Mais tudo tem um aprendizado e apesar dos meus vários questionamentos eu aprendi uma coisa . Uma delas é que a maioria das vezes que chorei foi por me sentir frustrada e vou ser sincera até mesmo quando eu achava que estava sofrendo por amor a verdade é que não era o amor em si que me fazia falta e sim o porque de não ter conseguido controlar as coisas de forma que aquele amor fosse sempre meu(coisa feia, mais é verdade). Eu como tantas outras pessoas já fui despedida e o choro não era pelo emprego, mais sim por não conseguir lidar com a frustração de não ter sido boa o bastante para ficar lá pelo resto da minha vida.
O que sei é que eu no meu hedonismo sempre quero escolher. Quero ser boa o bastante para que todas as escolhas seja a minha.
Sei que racionalmente as perdas e frustações faz parte da vida.
Sei que cada vez que caio eu levanto, limpo a roupa e dou a volta por cima.
Sei que não preciso ser a melhor.
Sei que assim como eu as pessoas tem direito a escolhas e nem sempre as escolhas delas tem haver com as minhas.
Sei que posso receber um muito bom e ficar feliz, ao invés de sempre esperar um excelente ou ótimo.
Sei que enquanto eu querer contralar as coisas só eu vou sofrer.
E podem ter certeza doi muito, mais muito mesmo, porque infelizmente eu não posso ser nota dez em tudo e as pessoas não podem viver em função de mim ou dos meus desejos.